Bloguinho da Zizi

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Conto de Natal 4

A fábrica dos brinquedos 

Ana Onofre, 11 anos, Cartaxo (Adaptado por Vaz Nunes - Ovar)



    Há muito, muito tempo, viveu um homem muito grande e forte mas também muito velhinho. As barbas brancas quase lhe tocavam no peito e o seu cabelo comprido estava em desalinho.
    Um dia, Nicolau - assim se chamava ele -  sentou-se ao pé da janela a meditar. A certa altura, olhou através da vidraça: lá fora nevava. Era Inverno! Os vários pinheiros do seu jardim estavam cobertos de um manto espesso e branco. Porém, umas pegadas na neve despertaram-lhe a atenção. Um pouco mais adiante, estava um mendigo. Esse pobre homem, que era um sem-abrigo, estava mal agasalhado, descalço e sozinho. Nicolau, que tinha um coração de ouro, abriu a janela e chamou-o:
- Vem cá, homem! Onde é a tua casa?                                                                                                                      - Ah! A minha casa?! Eu não tenho casa.
- E a tua família?
- Oh! Esses…nunca os conheci. Vivia com a minha avó, mas ontem ela morreu, não aguentou o frio deste Inverno…
- Meu Deus! Mas, que vida tão triste a tua! E agora?! Com quem vives? Sozinho?
- Sim, agora vivo sozinho.
- Mas…  e ... e não tens frio, mal agasalhado e descalço? Bem que precisas de um par de sapatos, de uma camisola e de um casaco! Vou pedir à minha mulher que te faça uma camisola e vou fazer-te eu próprio um par de sapatos! E sabes que mais? Se quiseres colaborar comigo!
- Oh! Muito obrigado, senhor. Que devo fazer para colaborar consigo?
- Eu vou explicar tudo: a minha mulher andava a dizer-me que eu precisava de um trabalho para me entreter. Eu fiquei um bocado confuso: como poderia eu arranjar um emprego de um dia para o outro? E então, quando te vi,  lembrei-me imediatamente de um bom passatempo para nós os dois! E até fazíamos uma boa acção e tudo! A minha ideia era construirmos uma fábrica de brinquedos onde trabalharíamos todo o ano para obtermos os melhores e mais bonitos presentes para oferecermos aos meninos bem comportados no final do ano. Podíamos também dar um nome à data de entregar as prendas. Hummm, pode ser NATAL, em honra da minha mulher Natália.
   - O senhor, isto é, o Nicolau tem ideias fabulosas! Para mim o senhor é um verdadeiro santo!
   - Oh! Oh! Oh! Não sou nada! Sou apenas o Pai Natal! É um bom nome para quem inventa o NATAL!  No NATAL, todas as prendas devem estar prontas. Treinarei as minhas renas para grandes viagens, prepararei o meu trenó e… já me estou a ver a cruzar os céus!!!!! Só tu poderás estar comigo no trenó, para levares o saco com as prendas!
    - Mas, Pai Natal, quando é que vai ser o NATAL?
    - Oh! Meu Deus! Não tinha pensado nisso! Mas, até pode ser no dia em que nasceu Jesus! Ele ficaria orgulhoso de nós! Portanto o NATAL é no dia 25 de Dezembro! É verdade, como te chamas meu amigo?
    - Chamo-me Cristóvão.
    - Muito bem, Cristóvão, vamos já contar tudo à minha mulher!
    Natália ficou encantada com a ideia do marido e prontificou-se logo a chamar todos os duendes empregados para ajudarem na construção da fábrica. Estes adoraram a ideia de passar a trabalhar numa fábrica e empenharam-se mais que nunca na sua construção. Em menos de cinco dias a fábrica estava pronta!
     Naquele ano todos os duendes tiveram de trabalhar em velocidade máxima, pois o NATAL estava à porta! Todos os dias a fábrica de brinquedos do Pai Natal recebia dezenas de cartas de todos os meninos e meninas do mundo, a encomendarem os seus presentes de NATAL. A todas as cartas o Pai Natal respondia dizendo que se portassem bem.
     E o prometido é devido: os duendes carregaram as prendas até ao trenó e Cristóvão pô-las no grande saco do Pai Natal.
À meia-noite em ponto, o trenó cruzava o céu puxado pelas renas, carregando o saco dos presentes, o Pai Natal, e, claro, Cristóvão!
Ainda hoje, sempre que é a noite de Natal, podemos ver o grande trenó com o Pai Natal e Cristóvão, se olharmos para o céu à meia-noite em ponto …

4 comentários:

chica disse...

Conto lindo e muito emocionante e mágico!!Que não percamos nunca essa magia!!!beijos,FELIZ NATAL! chica

Regina Rozenbaum disse...

Quero me embebedar, sempre, nessa magia...E hoje, feliz por mais uma vitória de Dani, agradeço ao PAI por esse presentão de Natal!
Beijuuss, amaaada, n.a.

Calu Barros disse...

Pura magia, só encantamento através das linhas deste conto de solidariedade e comunhão no Bem!
São histórias assim que nos motivam mais e mais para estarmos sempre crédulos na esperança de cada novo Natal.

Boas Festas, querida, com muita alegria, saúde e união p/ ti e toda família.
Bjos,
Calu

Maria Izabel Viegas disse...

Um lindo conto de natal , amiga!
Creio ue o que nos emociona no Natal é sim, esta magia, que faz parte de nós, queiramos ou não, a cada ano, vivemos mais histórias em torno de novos natais!
Que o seu, amiga, seja pleno de AMOR e PAZ!
Muitos beijos neste coração que amo tanto , nem sei de onde nem de que época... mas que re-conheço pela suavidade e amorosidade!