Bloguinho da Zizi

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Leva nuvens, minha filha! Leva nuvens....





“Eu estava no mercado para comprar arco-íris para o meu céu, 

quando uma vendedora me alertou:

- Leva nuvens! Leva nuvens, minha filha, que não tem erro! 

No sol quente, ela é sombra. 

Para a aridez do coração, ela é regador. 

No ócio, ela brinca de adivinhação

sendo formas variadas.

-  Leva! 

Nuvens são camas para quem sonha alto e, 

no caso de uma queda, são tapetes, 

almofadas fofinhas espalhadas pelo chão.” 





(Sabrina Davanzo)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

À pescar




Se cada dia cai,
dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa....

.... há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Pablo Neruda

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Fechado para reforma

sandravandoorn.gif


A próxima festa será no coração alheio,
pois o meu está fechado pra reforma,
sem previsão para o fim da obra.
Quero inaugurar em mim uma varanda,
onde eu possa observar a vida.
Preciso mudar algumas coisas de lugar.

Andreza Filizzola

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O louco



Perguntais-me como me tornei um louco.
Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em minhas sete vidas – e corri sem máscaras pelas tuas cheias de gente, gritando:
 “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou:
“É um louco!”
Olhei pra cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei minhas máscaras. E como num transe, gritei:
“Benditos, benditos ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura:
a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

Khalil Gibran

domingo, 6 de janeiro de 2013

Hoje é Dia de Reis


A cantar as janeirinhas!


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As Janeiras, cantar as Janeiras é uma tradição em Portugal que consiste no cantar de músicas pelas ruas por grupos de pessoas anunciando o nascimento de Jesus, desejando um feliz ano novo. Esses grupos vão de porta em porta, pedindo aos residentes as sobras das Festas Natalícias. Hoje em dia, essas 'sobras' traduzem-se muitas vezes em dinheiro.
Ocorrem em Janeiro, começando no dia 1 e estendendo-se até dia 6, Dia de Reis ou Epifania. Hoje em dia, muitos grupos (especialmente citadinos) prolongam o Cantar de Janeiras durante todo o mês.
A tradição geral e mais acentuada, é que grupos de amigos ou vizinhos se juntem, com ou sem instrumentos (no caso de os haver são mais comuns os folclóricos: pandeireta,  bombo, flauta e viola etc.). Depois do grupo feito, e de distribuídas as letras e os instrumentos, vão cantar de porta em porta pela vizinhança.
Terminada a canção numa casa, espera-se que os donos tragam as janeiras (castanhas, nozes, maçãs, chouriço e morcela, etc. Por comodidade, é hoje costume dar-se chocolates e dinheiro, embora não seja essa a tradição).
No fim da caminhada, o grupo reúne-se e divide o resultado, ou então, comem todos juntos aquilo que receberam.
As músicas utilizadas, são por norma já conhecidas, embora a letra seja diferente em cada terra. São músicas simples, habitualmente à volta de quadras simples que louvam o Menino Jesus, Nossa Senhora, São José e os moradores que contribuíram. Tipicamente havia também algumas quadras insultuosas reservadas para os moradores que não davam as janeiras. Nos últimos anos, celebrizou-se uma música de Zeca Afonso, intitulada "Natal dos Simples" que, como começa com a frase 'vamos cantar as janeiras...' é entendida por alguns como se fosse música de Janeiras, embora não seja uma canção de folclore.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Todo dia é Ano Novo!



Todo dia é ano novo
Entre a lua e as estrelas
num sorriso de criança
no canto dos passarinhos
num olhar, numa esperança...
Todo dia é ano novo
na harmonia das cores
na natureza esquecida
na fresca aragem da brisa
na própria essência da vida.
Todo dia é ano novo
no regato cristalino
pequeno servo do mar
nas ondas lavando as praias
na clara luz do luar...
Todo dia é ano novo
na escuridão do infinito
todo ponteado de estrelas
na amplidão do universo
no simples prazer de vê-las
nos segredos desta vida
no germinar da semente.
Todo dia é ano novo
nos movimentos da Terra
que gira incessantemente.
Todo dia é ano novo
no orvalho sobre a relva
na passarela que encanta
no cheiro que vem da terra
e no sol que se levanta.
Todo dia é ano novo
nas flores que desabrocham
perfumando a atmosfera
nas folhas novas que brotam
anunciando a primavera.
Você é capaz, é paz
É esperança!
Todo dia é ano novo
no colorido mais belo
dos olhos dos filhos seus...
Você é paz, é amor, a alegria de Deus.
Não há vida sem volta
e não há volta sem vida
no ciclo da natureza
neste ir e vir constante
No broto que se renova
na vida que segue adiante
em quem semeia bondade
em quem ajuda o irmão
colhendo felicidade
cumprindo a sua missão.
Todo dia é ano novo...
portanto...
feliz ano novo 
todo dia!

(Não sei quem é o autor)