Bloguinho da Zizi

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Máquina do Tempo


Todos temos duas máquinas do tempo:

1. a que nos leva ao passado chama-se Lembranças

2. a que nos leva ao futuro chama-se Sonhos

Do filme: A Máquina do Tempo

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pensando....


"Sou um só, mas ainda assim sou um. 
Não posso fazer tudo, 
mas posso fazer alguma coisa. 
Por não poder fazer tudo, 
não me recusarei a fazer o pouco que posso. 
O que eu faço é uma gota no meio de um oceano,
mas sem ela o oceano será menor."
Max Gehringer

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

Pensando


Nada é bastante 
para quem considera pouco 
o que é suficiente.

Confúcio

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Convite



Hoje venho fazer um convite a todos.
Conheçam o Zambeziana, um blog especial criado por uma pessoa especial, Graça Pereira.
Não digo mais nada, deixo que tirem suas conclusões quando lá chegarem.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Arte da Paz


O SENSEI DISSE......
 
UM
A Arte da Paz começa em você. 
Trabalhe em você mesmo e no caminho que escolheu na  Arte da Paz. 
Todos têm um espírito que pode ser refinado, um corpo que pode ser  treinado de algum modo, um caminho agradável para seguir. Você está aqui para sentir sua divindade interior e manifestar sua iluminação inata. Coloque paz em sua vida e então aplique a Arte em tudo que encontrar.

DOIS
Ninguém precisa ter prédios, dinheiro, poder ou status para praticar a Arte da Paz. O paraíso é exatamente onde você está e esse é o lugar para treinar.

TRÊS
Todas as coisas, materiais e espirituais, vem de uma mesma fonte e estão ligadas como uma família. 
O passado, o presente e o futuro estão dentro da força vital. 
O universo surgiu e se desenvolveu de uma única força e nós crescemos através de um processo maravilhoso de unificação e harmonização.

QUATRO
A Arte da Paz é o remédio para o mundo doente. 
Há maldade e desordem no mundo  porque as pessoas se esqueceram de que todas as coisas vieram de uma única força. Voltemos para essa fonte, deixando para trás todo pensamento egoísta, desejos  mesquinhos e raiva. 
Aqueles que não possuem nada possuem tudo.

CINCO
Se você não tem nada
Que o ligue
Ao verdadeiro desprendimento
Você nunca entenderá
A Arte da Paz.

SEIS
A Arte da Paz funciona em todo o lugar, da vastidão do espaço à menor planta ou  animal. 
A força da vida é onipresente e seu poder ilimitado. A
Arte da Paz nos permite sentir e penetrar nessa tremenda reserva de energia universal.

SETE
Oito forças sustentam a Criação:
Movimento e Imobilidade
Solidificação e Fluidez
Extensão e Contração
Unificação e Divisão.

OITO
Vida é crescimento. Se pararmos de crescer, tecnicamente e espiritualmente, melhor morrer. 
A Arte da Paz é a celebração da união do paraíso, terra e a humanidade. E isso é  verdadeiro, bom e belo.

NOVE
Agora e de novo é necessário um retiro entre grandes montanhas e vales escondidos para restaurar sua ligação com a fonte da vida. 
Expire e deixe-se voar até os confins do universo; inspire e traga o cosmos para dentro de você. Depois aspire toda fecundidade e vibração da terra. Finalmente combine a respiração da terra com a sua própria e torne-se a respiração da vida.

DEZ
Todos os princípios do paraíso e da terra vivem dentro de você. 
A própria vida é a verdade e isto não mudará nunca. 
Tudo, no paraíso e na terra respira. A
respiração é o que une a Criação. E quando infinitas variações na respiração podem ser sentidas, as técnicas  individuais da Arte da Paz estão nascendo.

ONZE
Observe o vai e vem das marés. Quando as ondas chegam à praia, e elas crescem e quebram, criando um som. Sua respiração deve seguir o mesmo caminho, absorvendo todo o universo em seu abdome a cada inspiração. Saibam que todos temos 4 tesouros:  a energia do sol e da lua, a respiração do paraíso e o vai e vem das marés.

Morihei Ueshiba

domingo, 8 de agosto de 2010

Pai de todo jeito

Tem pai que ama,
Tem pai que esquece do amor.
Tem pai que adota,
Tem pai que abandona.
Tem pai que não sabe que é pai,
Tem filho que não sabe do pai.
Tem pai ...
Tem pai que dá amor,
Tem pai que dá presente.
Tem pai por amor,
Tem pai por acaso.
Tem pai que se preocupa com os problemas do filho,
Tem pai que não sabe dos problemas do filho...
Tem pai ...
Tem pai que ensina,
Tem pai que não tem tempo.
Tem pai que sofre com o sofrimento do filho,
Tem pai que deixa o filho esquecido.
Tem pai de todo jeito.
Tem pai que encaminha o filho,
Tem pai que o deixa no caminho.
Tem pai que assume,
Tem pai que rejeita.
Tem pai que acaricia,
Tem pai que não sabe onde está o filho
que precisa de carinho.
Tem pai que afaga,
Tem pai que só pensa em negócios.
Tem...
Tem pai de todo jeito.
E você???
Que tipo de pai você é?
Eu quero um pai,
apenas um pai
que esteja consciente do amor
que tem para dividir...
Eu quero um pai,
apenas um pai
que seja AMIGO!
A todos os Pais,
um carinhoso abraço!
Deus Pai os abençoe!

(Ari Antonio Angelin)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

3 dias para ver


O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão?
Helen Keller, cega e surda desde bebê, dá a sua resposta neste belo ensaio, publicado no Reader's Digest (Seleções)

Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no princípio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silêncio lhe ensinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para descobrir o que eles vêem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. "Nada de especial", foi à resposta.
Como é possível, pensei, caminhar durante uma hora pelos bosques e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo tacto encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro.
Na primavera, toco os galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando.
Às vezes meu coração anseia por ver tudo isso. Se consigo ter tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos por apenas três dias.
Eu dividiria esse período em três partes. No primeiro dia gostaria de ver as pessoas cuja bondade e companhias fizeram minha vida valer a pena. Não sei o que é olhar dentro do coração de um amigo pelas "janelas da alma", os olhos. Só consigo "ver" as linhas de um rosto por meio das pontas dos dedos. Posso perceber o riso, a tristeza e muitas outras emoções. Conheço meus amigos pelo que toco em seus rostos.
Como deve ser mais fácil e muito mais satisfatório para você, que pode ver, perceber num instante as qualidades essenciais de outra pessoa ao observar as sutilezas de sua expressão, o tremor de um músculo, a agitação das mãos. Mas será que já lhe ocorreu usar a visão para perscrutar a natureza íntima de um amigo? Será que a maioria de vocês que enxergam não se limita a ver por alto as feições externas de uma fisionomia e se dar por satisfeita?
Por exemplo, você seria capaz de descrever com precisão o rosto de cinco bons amigos? Como experiência, perguntei a alguns maridos qual a exata cor dos olhos de suas mulheres e muitos deles confessaram, encabulados, que não sabiam.
Ah, tudo que eu veria se tivesse o dom da visão por apenas três dias!
O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles. Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente que precede a consciência individual dos conflitos que a vida apresenta. Gostaria de ver os livros que já foram lidos para mim e que me revelaram os meandros mais profundos da vida humana. E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus cães, o pequeno scottie terrier e o vigoroso dinamarquês.
À tarde daria um longo passeio pela floresta, intoxicando meus olhos com belezas da natureza. E rezaria pela glória de um pôr-do-sol colorido. Creio que nessa noite não conseguiria dormir.
No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria assombrado o magnífico panorama de luz com que o Sol desperta a Terra adormecida.
Esse dia eu dedicaria a uma breve visão do mundo, passado e presente. Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus. Ali meus olhos veriam a história condensada da Terra -- os animais e as raças dos homens em seu ambiente natural; gigantescas carcaças de dinossauros e mastodontes que vagavam pelo planeta antes da chegada do homem, que, com sua baixa estatura e seu cérebro poderoso, dominaria o reino animal.
Minha parada seguinte seria o Museu de Artes. Conheço bem, pelas minhas mãos, os deuses e as deusas esculpidos da antiga terra do Nilo. Já senti pelo tacto as cópias dos frisos do Paternon e a beleza rítmica do ataque dos guerreiros atenienses. As feições nodosas e barbadas de Homero me são caras, pois também ele conheceu a cegueira.
Assim, nesse meu segundo dia, tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tacto. Mais maravilhoso ainda, todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado. Mas eu poderia ter apenas uma impressão superficial. Dizem os pintores que, para se apreciar a arte, real e profundamente, é preciso educar o olhar. É preciso, pela experiência, avaliar o mérito das linhas, da composição, da forma e da cor. Se eu tivesse a visão, ficaria muito feliz por me entregar a um estudo tão fascinante.
À noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema. Como gostaria de ver a figura fascinante de Hamlet ou o tempestuoso Falstaff no colorido cenário elisabetano! Não posso desfrutar da beleza do movimento rítmico senão numa esfera restrita ao toque de minhas mãos. Só posso imaginar vagamente a graça de uma bailarina, como Pavlova, embora conheça algo do prazer do ritmo, pois muitas vezes sinto o compasso da música vibrando através do piso.
Imagino que o movimento cadenciado seja um dos espetáculos mais agradáveis do mundo. Entendi algo sobre isso, deslizando os dedos pelas linhas de um mármore esculpido; se essa graça estática pode ser tão encantadora, deve ser mesmo muito mais forte a emoção de ver a graça em movimento.
Na manhã seguinte, ávida por conhecer novos deleites, novas revelações de beleza, mais uma vez receberia a aurora. Hoje, o terceiro dia, passarei no mundo do trabalho, nos ambientes dos homens que tratam do negócio da vida. A cidade é o meu destino.
Primeiro, paro numa esquina movimentada, apenas olhando para as pessoas, tentando, por sua aparência, entender algo sobre seu dia-a-dia. Vejo sorrisos e fico feliz. Vejo uma séria determinação e me orgulho. Vejo o sofrimento e me compadeço.
Caminhando pela 5ª Avenida, em Nova York, deixo meu olhar vagar, sem se fixar em nenhum objeto em especial, vendo apenas um caleidoscópio fervilhando de cores. Tenho certeza de que o colorido dos vestidos das mulheres movendo-se na multidão deve ser uma cena espetacular, da qual eu nunca me cansaria. Mas talvez, se pudesse enxergar, eu seria como a maioria das mulheres – interessadas demais na moda para dar atenção ao esplendor das cores em meio à massa.
Da 5ª Avenida dou um giro pela cidade – vou aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajo pelo mundo visitando os bairros estrangeiros. E meus olhos estão sempre bem abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu possa descobrir como as pessoas vivem e trabalham, e compreendê-las melhor.
Meu terceiro dia de visão está chegando ao fim. Talvez haja muitas atividades a que devesse dedicar as poucas horas restantes, mas acho que na noite desse último dia vou voltar depressa a um teatro e ver uma peça cômica, para poder apreciar as implicações da comédia no espírito humano.
À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver. Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixei de apreciar.
Talvez este resumo não se adapte ao programa que você faria se soubesse que estava prestes a perder a visão. Mas sei que, se encarasse esse destino, usaria seus olhos como nunca usara antes. Tudo quanto visse lhe pareceria novo. Seus olhos tocariam e abraçariam cada objeto que surgisse em seu campo visual.
Então, finalmente, você veria de verdade, e um novo mundo de beleza se abriria para você.
Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que vêem: usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos.
Ouça a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tacto. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os sentidos; goze de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contacto fornecidos pela natureza. Mas, de todos os sentidos,
estou certa de que a visão deve ser o mais delicioso.
Helen Keller

Texto: Seleções Reader's Digest - Junho/2002