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Talvez o sentido da existência
esteja tão entranhado nas simplicidades,
que de tanto nos convencerem do
contrário
temos rodopiado sem rumo...
perdidos,
e de mãos atadas...
na verdade, o complexo, o
filosófico, o rebuscado, se esvai ...
se desintegra pelos pios tão
compreensíveis das matas,
das copas de árvores, nas nossas
janelas...
o problema é que ninguém mais ouve.
Não nos resta mais tempo para
ouvir,
O que nos traria conforto e paz...
Então continuamos numa busca vã,
Num frenesi por respostas...
Muitas vezes sob o risco do engano
e da manipulação...
Bastava ouvir os pios...
Bastava sentir os perfumes que
desabrocham...
Bastava um banho de chuva,
intencional, demora...
Bastava por o pé na terra de vez em
quando...
Bastava olhar o céu...
Bastava ser gente de novo.
Temos sido muita coisa.
Menos gente.
Gente de verdade tem sede de
encontro,
de contato mútuo,
de acolhimento
de partilha...
tem sede de vida.
Tem sede de Deus...
e nos saberes singelos se constrói,
se solidifica...
cria asas, e carrega outros, em
voos de cura...de
A cura que vem da percepção clara
de que
temos perdido tempo em coisas
que não tem a menos importância.
Giovanna Stadnicki