Bloguinho da Zizi

domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Tempo

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Conta-se que um jovem de uma aldeia não dava nenhuma importância ao tempo. Sempre deixava tudo para depois, sempre se julgava novo demais para fazer qualquer coisa naquele momento, sempre alegava que o que mais tinha era tempo. E exatamente por ter muito, não o valorizava. 
Certo dia, porém, esse jovem se encontrou com um velho sábio que dizia ser uma pessoa feliz, pois soube muito bem aproveitar o seu tempo e, mesmo no fim de sua vida, o que ele mais fazia era valorizar o pouco tempo que ainda lhe restava. 
Curioso com tamanho disparate, o jovem perguntou:
– Senhor, por que você valoriza tanto o tempo? Poderia me dizer qual é o real valor dele?
O sábio, percebendo o interesse, respondeu:
– Para você entender o valor do tempo, vamos transformá-lo em dinheiro. Imagine que você tenha uma conta corrente e, a cada manhã, você acorde com um saldo de 86.400 moedas. Só que não é permitido transferir esse saldo do dia para o dia seguinte. Todas as noites, sua conta é zerada, mesmo que você não tenha conseguido gastar durante o dia. O que você faz?
– Eu gastaria cada centavo todos os dias, é claro! – respondeu convicto o jovem.
– Sim, gastaríamos cada centavo. Pois bem, todos nós somos clientes desse banco, que se chama tempo. Todas as manhãs, são creditados para cada um 86.400 segundos. Todas as noites, o saldo é debitado como perda. Não é permitido acumular esse saldo para o dia seguinte. Todas as manhãs, a sua conta é reiniciada, e todas as noites, as sobras do dia se evaporam. Não há volta. Você precisa gastar vivendo no presente o seu depósito diário. Invista, então, no que for melhor: na saúde, na felicidade e no sucesso! O relógio está correndo. Faça o melhor para o seu dia-a-dia.
Para perceber o valor de um ano, pergunte a um estudante que repetiu de ano.
Para dar valor a um mês, pergunte a uma mãe que teve o bebê prematuramente.
Para perceber o valor de uma semana, pergunte ao editor de um jornal semanal.
Para conhecer o valor de uma hora, pergunte aos amantes que estão esperando para se encontrar.
Para você encontrar o valor de um minuto, pergunte a uma pessoa que perdeu um trem.
Para perceber o valor de um segundo, pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente.
Para você aprender o valor de um milissegundo, pergunte a alguém que recebeu a medalha de prata na Olimpíada.
Valorize cada momento que tem! E valorize mais porque você deve dividir com alguém especial o suficiente para gastar o seu tempo junto com você.
Lembre-se de que o tempo não espera por ninguém. 
Ontem é história. 
O amanhã, um mistério. 
O hoje é uma dádiva. 
Por isso, é chamado presente!
O jovem ficou pensativo e ali mesmo decidiu viver o tempo intensamente, viver como se cada segundo fosse o último de sua existência.
do blog Karate-Do

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Os doze pratos


Um príncipe chinês orgulhava-se de sua coleção de porcelanas, de rara e antiga procedência, constituída por doze pratos de grande beleza artística.
Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe ordenou a morte do dedicado servo, vítima de um golpe do destino.
A notícia tomou conta do império. Às vésperas da execução, apresentou-se um sábio bastante idoso, que se comprometeu a devolver a ordem à coleção se o servo fosse perdoado.
Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a proposta. O venerado ancião solicitou que os pratos restantes fossem colocados em uma mesa, sobre uma toalha de linho, e que os pedaços da porcelana quebrada fossem espalhados em volta do móvel.
Atendido na sua solicitação, o sábio aproximou-se da mesa e, em um gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas.
Ante o torpor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, o ancião disse:
– Aí estão, senhor, todas iguais conforme prometi. Agora pode mandar matar-me. Desde que essas porcelanas valem mais do que a vida das pessoas, e, considerando que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos, nada valem.
Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada havia mais precioso do que a vida em si mesma. 
- contos chineses -

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O que fez você feliz?

foto de Alzira Dinelli

O que faz você Feliz?
O que faz você feliz?
O que faz você...

A lua, a praia
O mar, uma rua
Um doce, uma dança
Paixão, dormir cedo

Comer chocolate
Passear na cidade
O carro, o aumento
a casa, o trabalho

O que faz você feliz?
O que faz você...

Arroz com feijão
Matar a saudade
Goiabada com queijo
Um amor, um desejo.

Um beijo na boca,
um dia de sol,
viver um romance,
jogar futebol

O que faz você feliz?

Arnaldo Antunes


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Benevolência


Diante da fraqueza de alguém, eu preciso descobrir a virtude.
Essa pessoa pessoa precisa apenas do meu amor e compreensão,
não do meu julgamento.
Sentimentos de perdão tornam o outro mais consciente da 
necessidade de mudar do que palavras de correção.
Ser benevolente é entender e respeitar as limitações de cada um
e ajudá-los a superar suas dificuldades nos momentos cruciais.

Antonio Sequeira

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Agradecimento



Venho aqui agradecer a todos que enviaram seu carinho ao 
Bloguinho da Zizi, pelo seu primeiro ano de vida.
Marilisa Peeters - Penso, logo Insisto
João Aguilar - Luz de Kuan Yin
Marcoso - Fábrica de Humor
Emilia - Blog da Emília
Manuela Baptista - Histórias com mar ao fundo
Gilberto Gonçalves - Alma Mater
Irene - Silenciosamente ouvindo
Carolina Arêas - Terapia Floral
Tania - Pensamentos Holísticos - a madrinha do blog
Graça Pereira - Zambeziana
Gemária - Chá das Cinco
Acreditem, vocês são especiais.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

1o. ano de vida

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Ofereço este bolo de aniversário a todos que por aqui passam.
Venham brindar comigo.
Tchin tchin especial aos seguidores do bloguinho da Zizi.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Por que as pessoas gritam?

foto de Selma Brandespim
Um dia, um mestre indiano, preocupado com o comportamento dos seus discípulos, que viviam aos berros uns com os outros, fez a seguinte pergunta:
- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ou quando não se entendem?

- Gritamos porque perdemos a calma -
disse um deles.

- Mas por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? - questionou novamente o pensador.

- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça
- retrucou outro discípulo.

O mestre volta a perguntar:
- Não é possível falar com a outra pessoa em voz baixa?
Os alunos deram várias respostas, mas nenhuma delas convenceu o velho pensador, que esclareceu:
- O fato é que quando duas pessoas gritam é porque, quando estão aborrecidas, seus corações estão muito afastados. E, para cobrir esta distância, precisam gritar para que possam escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão de gritar, para que possam ouvir umas às outras, por causa da grande distância.

E continuou o sábio:
- Por outro lado, quando duas pessoas estão enamoradas, não gritam; falam suavemente. Por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. As vezes, seus corações estão tão próximos que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, o que basta. Seus corações se entendem. E justamente isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo:
- Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará o dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Aprendendo a orar com as formigas



Uma formiga me levou a orar

Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.

A formiga a carregava com sacrifício.Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça.
Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também à formiga.

Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.

Foi quando pensei: “Até que enfim ela terminou seu empreendimento”. Ilusão minha. Na verdade, havia apenas terminado uma etapa.

A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha. Foi aí que disse a mim mesmo: “ Coitada, tanto sacrifício para nada.”

Lembrei-me ainda do ditado popular:
“ Nadou, nadou e morreu na praia.” Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços.

Elas pareciam alegres na tarefa. Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco.

Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências. Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades? Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la.

Invejei a persistência, a força daquela formiguinha. Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor que me desse a tenacidade daquela formiga, para “carregar” as dificuldades do dia-a-dia, que me desse a perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas.

Que eu pudesse ter a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais. Que eu tivesse a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário.

Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo, mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer.

A alegria dos filhotes que, provavelmente, esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada.

Após meu encontro com aquela formiga, saí mais fortalecido em minha caminhada. Agradeci ao Senhor por ter colocado aquela formiga em meu caminho ou por me ter feito passar pelo caminho dela.

Ninon Rose Hawryliszyn e Silva

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Dando mais um passo

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Quando estamos tão sofridos que até nos parece que não agüentaremos mais, quando nos percebemos tão sozinhos e com o sentimento de um extremo abandono, a luz parece que desaparece... Mas aí, então, é preciso que, seja por obstinação, seja por obediência a uma profunda voz interior, demos mais um passo, um apenas, aquele que vai fazer toda a diferença e que vai nos libertar daquele momento escuro da alma, vivido ocasionalmente por todos nós! Deixando de lado a pena que sentimos de nós mesmos e seguindo um impulso para o alto e para frente, andamos mais um pouco, abandonando o passado e esperando com confiança o futuro.

É este o movimento natural da Vida, que precisamos respeitar. Tudo passa... Os momentos difíceis também têm um fim e se vividos plenamente, nos transformam e fortalecem.

Será que o Sol deixa de aparecer, iluminando o dia escuro, apenas porque está cansado de presenciar tanto descalabro e, desalentado se retrai? Será que a maré deixa de encher e vazar, porque está muito triste por causa das misérias que percebe, nas praias que beija, em todos os continentes? As nuvens escuras de chuva retêm a água que precisa cair para encher as represas e enriquecer o solo, possibilitando as boas colheitas? As lagartas deixam de se tornar borboletas, os dias deixam de escurecer, as flores se esquecem de abrir, desanimadas pela tristeza que sentem existir entre os humanos?
Não, a Vida continua. E sempre será assim. Também cada um de nós precisa seguir este fluxo, indo ao encontro do que está chegando, esperando dias mais felizes, mais amenos, mais plenos de Amor e de Paz.

Dizem que a hora mais escura da noite é aquela que se vive bem antes da luz se fazer, com a entrada triunfante do Sol neste lado em que estamos do planeta. Precisamos acreditar na Vida, no Amor, na colheita que faremos de nossos anseios e atitudes plenos de uma sintonia com o Bem e isto precisa nos vitalizar a ponto de darmos o próximo passo, sempre mais um, mais um...

São reflexões de minha alma, diante de tanta tristeza, contemplando a desarmonia e o desequilíbrio do momento em que nós vivemos. Não é verdade que tenho as respostas, que sei o que fazer, que não sofro. O que partilho com vocês são as respostas interiores que meu Ser me dá, quando paro um pouco para meditar sobre o que estou sentindo. São lampejos de luz que certamente vêm de meu Espírito e que me acalmam, deixando-me mais serena depois.

A orientação que me chega, então, é a de não desanimar. Nunca! Mas seguirmos andando, sempre para frente, apoiados na luz que temos em nós, o Amor do Cristo interior, a nossa fé enorme na vitória do Amor que nos criou, nos mantém e há de nos fortalecer e conduzir pelos caminhos a seguir.

A paisagem é deveras triste, mas há um horizonte sempre à frente e um Sol que não se cansa de nos acordar com um belo espetáculo de cores e vibrações radiantes de energia e Vida!

Haveremos de vencer, se não nos deixarmos abater e, acreditem, há muitos que gostariam de nos ver derrotados, fazendo parte do círculo onde eles se comprazem em viver sem fé, caídos e sem esperança.

Dando sempre mais um passo, venceremos no Bem e um dia todos eles também!

Maria Cristina -  
http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=20125