Sou do tempo em que correio tinha uma maior frequência que nos dias de hoje.
Tinha uma lista de aniversários de parentes, amigos, conhecidos ... e lá ia eu com meus cartões até o guichê do correio.
Mesmo que o cartão fosse pro vizinho, ele ia via correio.
Natal então.....eu me deliciava procurando aquele que se encaixava com a pessoa. E buscava sempre uma palavra de carinho.
Ia uma grana naquilo, mas meu coração exultava.
Nem me preocupava se teria resposta ou não, simplesmente me fazia feliz enviar o que sentia.
Adorava escrever cartinhas pra família distante. E olha que eram muitos.
Com o tempo e as ocupações isso foi ficando raro. Até o momento em que já nem entrava no correio, a não ser para mandar florais para clientes em outras paragens.
A vida tomou outros rumos e o silêncio se instalou.
Até que um dia, na minha caixinha de correspondência vi um envelope que vinha de muito longe. Reconheci a letra e....coração apertado (pois, depois de tanto tempo, poderia ser uma notícia não muito boa), mas qual o que... me encontraram, a família tão distante, deu um jeitinho e me achou e novamente o caminho encurtou.
A partir daí recuperei a família, e hoje com este mundo virtual, tudo ficou muito mais fácil e rápido. Conheço todos os que não conheci, vejo todos que não vi, participo de festas sem estar presente, falo com todos sempre que possível.
O correio...bem, comecei a frequentá-lo um pouquinho mais, Páscoa, Natal e Ano Novo, aniversários.
E por aqui, neste mundo virtual, também já comecei a desvirtualizar...
É tanto o carinho que não deu pra segurar e quando tenho como chegar lá, sem pedir licença, me posto em umas caixinhas de correspondência, aqui e acolá e por aí afora.
8 comentários:
Todos temos saudades e gostamos das caixinhas de correio..
Hoje, infelizmente, quase só são recheadas de contas a pagar,srsr beijos,lindo dia!chica
Também tenho saudades desses tempos...E tem algo mais delicioso que assim, sem mais nem menos, a gente receber na Páscoa um cartão pelo correio?! Coisas delicadas,afetos, mimos de Zizi...
Beijuuss, amaaada, n.a.
Legal mesmo quando era comum irmos ao correio...hoje em dia me sinto um peixe fora d'água se preciso ir lá rsrsr...mas os tempos mudam,então aproveitemos o correio normal e o correio virtual, dos tantos e-mails que trocamos diariamente...
Beijinhos...
Valéria
O modernismo nos faz avançar, inclusive na distância entre pessoas. Acho que um dos problemas hoje é que não acompanhamos o avanço, pois deixamos o coração no passado. Tudo é virtual ou via celular. Como é difícil mesmo aprendermos a nos ligar às pessoas mesmo que a distância. Mas é a vida. Hoje buscamos aprender a colocar a nossa alma nas mensagens e carinhos que enviamos. Uma forma de compensar a distância e o comodismo. Como em tudo, a nossa capacidade de adaptação sem perder a essência está sendo testado. Vamos conseguir, com certeza.
Mas era uma delícia escrever uma carta no punho, selar e ir ao correio ou mesmo colocar na caixa. Excelente lembrança, meu Anjo!!!!
Beijo!
Zizi, eu adortei quando recebi a sua cartinha,sabia?
Sinto muita falta desta época, pois acho que o email fala ao cérebro, é muito direto,palavras soltas ,enquanto as velhas cartas trazem impressas em suas linhas a emoção de quem as escreveu.Breve receberá a minha resposta,viu?
Aproveitando segue o seu conselho e tomei um bom banho, lavando a alma..rsrsrs
Um abração....Emilinha
Eram tempos bons,Zizi. Dá uma saudade enorme de quando cartas e cartões vinham e iam via correio. Hoje, o mundo virtual facilita tudo,mas quem tem pressa para receber determinadas notícias (e se forem ruins)?
Tbm tenho saudade das cartas Zizi!
Acho que vou aderir os cartões de volta!
Inspirador!
OI Zizi,
Era mesmo um tempo bom, esse das cartas vindas pelo correio... Me lembro que minha mãe recebia tanta carta que o carteiro já sabia a que era pra ela, mesmo quando o endereço vinha errado.
Tenho mania de fotos e tenho algumas de caixas de correio que encontro nos meus caminhos, todas tão bonitas como essa que você postou. Qualquer dia vou postá-las.
Bejocas.
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