Os mestres da meditação budista sabem o quão flexível e maleável é a mente. Se a treinamos, tudo é possível. Na verdade, já somos perfeitamente treinados pelo samsara e para ele: treinados para ficar ciumentos, treinados para o apego, treinados para ser ansiosos e tristes e desesperados e ávidos, treinados para reagir com raiva ao que quer que nos provoque.
Somos treinados, de fato, até o ponto dessas emoções negativas surgirem de modo espontâneo, sem que tentemos produzi-las. Assim, tudo é uma questão de treino e do poder do hábito. Dedique a mente à confusão e logo veremos -- se formos honestos -- que ela se tornará uma mestra sinistra na confusão, competente no seu vício, sutil e perversamente dócil em sua escravidão.
Dedique a mente na meditação à tarefa de libertá-la da ilusão e veremos que com tempo, paciência, disciplina e o treinamento adequado, ela começará a desembaraçar-se e a conhecer sua bem-aventurança e claridade essenciais.
Sogyal Rinpoche (Tibete, 1947 ~)
"O Livro Tibetano do Viver e do Morrer"
"O Livro Tibetano do Viver e do Morrer"
2 comentários:
Olá Zizi!
Cá estou a fazer uma vizitinha.
Desde sempre me interessei por tudo que de alguma forma me transcende.
Desde Kardec a Emmanuel Swedenborg,pesquisei
tudo que me chegou às mãos.
Acontece que tantas contradiçoes foram
surgindo que ,em vez de ficar esclarecido cai
na dúvida e descrença.
Seria muito interessante encontrar alguem credivel que me ajudasse a encontrar uma luz.
Não quero te encher o saco com esta conversa mas,olha,de repente lembrei de você...
Um beijo grande
POTT
Olá Pott.
Cá estou!!!
Jamais ficarei de saco cheio, pois o que você sente todos sentimos e todos estamos nessa busca constante.
Tenho pra mim que as contradições são um indício de que as respostas estão dentro de nós, mas cabecinhas duras como somos, continuamos a buscar fora.
É como dizia Jung, quem olha pra fora sonha, (pois este mundo é de ilusões), quem olha pra dentro acorda (pois lá está a nossa Essencia).
Mas li outro dia que dúvida é igual a medo. Que dúvida quer dizer "ter duas mentes", uma vive a experiência e a outra questiona.
Enfim, caro amigo, só quem tem uma Fé inabalável, e não digo Fé em Deus, mas em Si Próprio, é que consegue essa Paz de Espirito que tanto buscamos.
Quando será que vamos atingir esse ponto?
Vamos viver, um dia de cada vez, e quem sabe ouviremos a nossa resposta pessoal.
Um grande abraço e seja sempre bem-vindo.
Alzira
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